parque do rio - Manteigas

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*projeto em parceria com a arq.paisagista Sara Terroso
data do projeto: 2017
área: 11360 m2
O objetivo desta proposta é tornar possível o usufruto, pela população, de um espaço expectante tornando-o no parque que a vila de Manteigas precisa.
O espaço possui um enorme potencial, quer pelas espécies arbóreas de grande porte, quer pela presença forte das montanhas que se avistam do local e pela presença da água (levada, moinho, rio Zêzere). O projeto do parque do rio ambiciona tirar partido de todos os pontos fortes do local, minimizando ao máximo o impacto na vegetação existente e na modelação natural do terreno.
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Pontos de interesse no projeto:
Anfiteatro ao ar livre (1)
Desenhado com o propósito de funcionar como ponto de observação sobre o rio, zona de recreio e estadia, ideal para pequenos concertos, teatros, reuniões de grupos, associações, palestras e ações de divulgação.
Miradouros (2)
Espaços naturalmente elevados e em deque que proporcionam a oportunidade de contemplar a serra, o rio e a vila de Manteigas.
Jardim Sensorial (3)
Jardim composto por materiais vegetais e inertes que proporcionam diferentes estímulos visuais, olfativos e sensoriais. As espécies vegetais usadas são aromáticas/medicinais da região escolhidas pelos seus atributos de cor, fragrância e textura. Os materiais inertes, como casca de pinheiro e diferentes tipos de seixos são usados como estímulo sensorial. As espécies estão identificadas pelo nome e usos comuns, aumentando o valor educativo no espaço.
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projeto de plantação
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O processo de escolha da vegetação prendeu-se com a necessidade de corresponder a 3 objetivos:
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introdução de estrato arbustivo e herbáceo, com o objetivo de fixar solo/reforçar as margens e criar zonas de recreio;
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colmatar o estrato arbóreo, criando zonas de sombra junto aos passeios e ajudando a fixar solo e reforçar os taludes; as espécies escolhidas (Alnus glutinosa, Arbutus unedo, Betula alba, Populus nigra, Quercus robur) são maioritariamente de carater ripícola e autóctone, integrando-se no local junto das espécies existentes;
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aumentar o carater lúdico e pedagógico do parque com a plantação e espécies aromáticas/medicinais (Hypericum adrosaemum, Lavandula angustifólia, Mentha spicata, Rosmarinus officinalis, Salvia officinalis, Thymus vulgaris) devidamente identificadas, por nome e propriedades.
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árvores
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árvores propostas
árvores existentes
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arbustos, herbáceas e sementeiras
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janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro


- cores das espécies aromáticas ao longo do ano e época de floração
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Hypericum adrosaemum
Hipericão-do-Gerês
Lavandula angustifólia
Alfazema
Mentha spicata
Hortelã-comum
Rosmarinus officinalis
Alecrim
Salvia officinalis
Salva
Thymus vulgaris
Tomilho-vulgar
mistura de arbustos e herbáceas de ripícolas
prado florido
mistura de arbustos e herbáceas de caráter trepador e fixador do solo
- aplicações e usos medicinais das espécies aromáticas
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Hypericum androsaemum - Hiperição-do-Gerês
(medicinal e aromática)
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Pode ser usada a flor seca em chá e infusão, com efeito anti-inflamatório, antidepressivo e diurético.
É indicado para problemas hepáticos, cólica renal, cistites.
O seu uso tópico é indicado para cobrir feridas e queimaduras.
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Lavandula angustifolia - Alfazema
(medicinal, aromática e condimentar)
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Pode ser usada a flor seca em banhos (ou óleo essencial) ou em chás e infusões, possui um efeito relaxante sendo por isso indicada para transtornos do sono, angústia e agitação nervosa.
O seu uso tópico é indicado para tratar reumatismo, contração muscular, cansaço, feridas de difícil cicatrização.
A flor pode ser adicionada a bolos, bolachas e pães para aromatizar.
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Mentha spicata - Hortelã-comum
(medicinal, aromática e condimentar)
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Podem ser usadas as folhas secas ou frescas, em chá ou infusão, para combater problemas digestivos, gastrointestinais, mau hálito, dor de garganta.
O óleo essencial tem propriedades analgésicas.
Pode ser adicionada a pratos como tempero, em saladas e é fonte de vitaminas A,B,C, e minerais (cálcio, fósforo, ferro e potássio).
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Rosmarinus officinalis - Alecrim
(medicinal, aromática e condimentar)
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Podem ser ingeridas as folhas frescas ou secas para combater transtornos digestivos, dores de cabeça, cansaço, dores menstruais, enjoo.
Utilizada em banhos estimula a irrigação e circulação sanguínea.
O uso tópico recomenda-se para o tratamento de dores reumáticas.
Pode ser adicionada a pratos como tempero.
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Salvia officinalis - Salva
(medicinal, aromática e condimentar)
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Podem ser ingeridas as folhas e flores frescas ou secas para tratar sudação excessiva, transtornos gastrointestinais, faringite, inflamações bucais/gengivas (garguejando e mastigando).
O uso tópico aplica-se para curar pequenas inflamações cutâneas e cicatrizar a pele.
Pode ser tomada em infusão ou adicionada a pratos como tempero.
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Thymus vulgaris - Tomilho-vulgar
(medicinal, aromática e condimentar)
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Podem ser usadas as folhas e flores secas para o tratamento de asma, faringite, tosse convulsa, inflamação das vias respiratórias.
A planta favorece a expetoração e o óleo essencial é antimicrobiano e favorece a circulação, o extrato contém propriedades antioxidantes.
Pode ser adicionada a pratos como tempero.
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As informações fornecidas podem ser confirmadas, entre outras fontes, nos livros:
- A farmácia verde, Dr. Jörg Grünwald, Christof Jänicke), Editora EVEREST;
- Plantas medicinais - Guia claro para a sua identificação, Dr. Michael Eppinger, Dr.ªHelga Homann, Editora EVEREST,
- Ervas Aromáticas, William Denne, Dorling Kindersley - Civilização, Editores, L.
Nota: As projetistas não se responsabilizam por danos pessoais derivados do mau uso das espécies aqui descritas.
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