Plantas invasoras em Portugal
Depois de ter falado sobre árvores autóctones em Portugal decidi partilhar algumas informações sobre plantas invasoras, o que são, que problemas acarretam e o que podemos fazer para evitar a sua disseminação.
O que são espécies invasoras?
São espécies exóticas (não nativas ) que não coexistem com as espécies nativas de forma equilibrada, ou seja, adquirem comportamentos invasivos como: rápido crescimento e disseminação no espaço, invasão de ecossistemas e culturas, ameaçam o crescimento das espécies nativas e causam alterações negativas no ambiente. Todas elas acabam também por causar impactes negativos na economia tanto por prejudicarem as culturas existentes como por apresentarem características que dificultam na sua remoção.
1. Acácias: Acacia dealbata, longifolia, karroo hayne, mearnsii, melanoxylon, pycnantha, retinodes, saligna
O primeiro conjunto de espécies que apresento é um dos mais conhecidos e um dos mais agressivos, provoca a diminuição do fluxo das linhas de água, agrava a erosão do solo, provoca alterações no solo que dificultam a sobrevivências de espécies nativas e favorecem as crescimento de novas acácias.
2. Bons-dias, Ipomoea indica
Esta espécies de caracter trepador forma tapetes que cobrem grandes áreas de terreno, árvores e arbustos acabando por causar a sua "asfixia".
3. Chorão-da-praia, Carpobrotus edulis
Esta espécie tem um comportamento muito semelhante a espécies descrita anteriormente ao que se acresce o facto de causar a acidificação do solo, favorecendo a propagação da sua espécie e dificultando a propagação de espécies autóctones.
4. Figueira-da-Índia, Opuntia ficus-indica
Esta espécie além de impedir o desenvolvimento de plantas nativas nas áreas que invade, impede também a presença de animais através das suas folhas espinhosas.
5. Figueira-do-inferno, Datura stramonium
Esta espécie tem um comportamento semelhante a Ipomoea indica e ao Carpobrotus edulis, tendo a agravante de interferir com a produtividade das áreas agrícolas.
6. Lantana, Lantana camara
Esta espécie invade ecossistemas nativos, quebrando a cadeia de sucessão natural e impedindo o desenvolvimento de espécies nativas tornando-se assim uma ameaça para a diversidade.
7. Penachos, Cortaderia selloana
Esta espécie, tal como a Opuntia ficus-indica, dificulta não só o desenvolvimento das espécies herbáceas e arbustivas nativas como também a circulação de animais nas áreas que invade. Ao nível humano é causadora de alergias e as suas folhas cortantes dificultam as operações de remoção.
8. Ricino, Ricinus communis
Esta espécie reproduz-se de forma rápida, formando áreas densas impenetráveis onde não crescem espécies nativas. As sementes são muito tóxicas para humanos e cavalos.
9. Tabaqueira, Solanum mauritianum
Esta espécie, como todas as invasoras, dissemina-se muito rapidamente numa área geográfica através da semente e cresce rapidamente invadindo os habitats de espécies nativas e ameaçando o seu desenvolvimento.
O que podemos fazer para evitar a disseminação de espécies invasoras?
1. Aprender a reconhecer estas espécies;
2. Não plantar ou reproduzir estas espécies por muito bonitas que possam parecer;
3. Não colher estas espécies (para levar para casa) contribuindo para espalhar a semente por outros locais;
4. Usar o Mapa de avistamentos (https://invasoras.pt/pt/mapeamento );
5. Se for proprietário de um terreno com invasoras, estudar a forma adequada de as remover procurando ajuda municipal se necessário;
6. Participar nas ações voluntárias de remoção de invasoras;
7. Partilhar informação sobre os malefícios das espécies invasoras com amigos e conhecidos.
Já conhecia estas espécies ?
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Para saber mais sobre espécies invasoras visite o site:
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